Embora "diferente" e com limitações, o indivíduo com deficiência é uma pessoa que possui legislação própria que o protege e lhe assegura direitos nos demais variados domínios sociais. A partir do momento em que o acesso à prática desportiva se torna se torna um direito de todos os cidadãos, independentemente da sua condição, permitiu que os indivíduos com deficiência beneficiassem dessa mesma prática. De facto, este fenómeno social tem vindo a ser alvo das mais variadas atenções, pelo que poderemos observar inúmeras evoluções na área do Desporto para Deficientes.
Com o intuito de esclarecer os principais factores que contribuíram para toda a mudança sócio-cultural que envolve o indivíduo com deficiência e o desporto para ele perspectivado, Silva (1991) indica aqueles que são considerados os estágios evolutivos do Desporto para Deficientes:
- - desporto como terapia: as primeiras experiências desportivas foram realizadas com o objectivo de estimular em termos anátomo-fisiológicos os pacientes com deficiência;
- - valor psicológico do desporto: o desporto permite ao indivíduo com deficiência demonstrar a si próprio – e à sociedade – que a sua condição não é sinónimo de invalidez (o valor psicológico juntamente com o fisiológico contribuem para o desenvolvimento da sua imagem);
- - normalização: o desporto contribui para a (re)integração do indivíduo com deficiência na comunidade (uma forma muito positiva de integração é a competição entre indivíduos com e sem deficiência, em modalidades como o tiro com arco, bowling, ténis de mesa e natação, entre outras);
- - motivação para a prática desportiva: é talvez o aspecto mais importante para a obtenção de boas performances (ao estar motivado para a prática desportiva o valor terapêutico, psicológico e o conceito de normalização estão implícitos).
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